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Com balde e vassoura na mão, ex-faxineiro recebe diploma da faculdade

Com balde e vassoura na mão, ex-faxineiro recebe diploma da faculdade
15/03/2019

Ele subiu na colação de grau com balde, rodo e vassoura na mão e foi ovacionado pela platéia, amigos e familiares, no último dia 23 de fevereiro. O ex-faxineiro Ronaldo Rocha fez isso para agradecer, reforçar suas raízes e comemorar a conquista do tão sonhado diploma de jornalista.

A história de superação de Ronaldo, impressiona pelas dificuldades, pela persistência e pelo sucesso.
Como o foco em ser jornalista, ele deixou Barreiras no interior da Bahia aos 17 anos, veio para Brasilia em 2012 com R$ 80 reais que conseguiu vendendo verduras, morou de favor em uma das regiões mais pobres do Distrito Federal e trabalhou como faxineiro durante 6 anos para bancar os estudos.

“Passei fome, fui humilhado, morei de favor, mas nunca perdi o foco no meu sonho”, contou.  Ronaldo já conseguiu emprego e agora é chefe de comunicação da assessoria de imprensa da Administração Regional da Candangolândia, no Distrito Federal.

A vitória do garoto do interior da Bahia foi testemunhada pela avó Valdeci Araújo Novaes, 68 e pela mãe, Aline Novaes Rocha, de 43, que vieram da Bahia para aplaudir Ronaldo. “Essa paixão dele por jornalismo foi algo que desde sempre eu olhava e admirava. Eu não estou nem sabendo expressar a alegria que estou sentindo. O Ronaldo é o orgulho da nossa família”, disse a avó.

“Desde pequeno, ele correu atrás deste sonho. No colégio, sempre procurava a diretora pedindo para fazer trabalhos relacionados ao jornalismo. O pai dele também está muito orgulhoso, acompanha de perto as coisas que ele posta no Facebook.”

Amiga

Uma das pessoas que presenciaram a batalha de Ronaldo Rocha em Brasília esteve na colação de grau para aplaudir o jovem jornalista.

Elioene Leão Dias, de 58 anos, foi quem ofereceu lugar para o jovem dormir depois que ele teve que sair da casa do primo, na Cidade Estrutural. Ronaldo dormia nos fundos da loja da comerciante, enquanto cursava jornalismo.

“Ele me procurou dizendo que não podia mais ficar na casa do primo, mas que estava atrás de um sonho e queria continuar em Brasília. Logo concordei, disse que ele poderia ficar o tempo que quisesse”, lembra Elione. “A gente fica imensamente feliz, estou muito emocionada. É um garoto que batalhou e que trabalha muito. Será um excelente jornalista, tenho fé”, afirmou.

Vida nova

Com gratidão e a humildade que faz questão de manter, o jovem agora tem a oportunidade de enxergar a vida por um outro prisma, sem esquecer das raízes.

“Quando eu vejo as senhoras da limpeza entrando na assessoria e me cumprimentando, eu lembro que antes era eu que estava ali, limpando o chão e me emociono”, concluiu.

Fonte: Só Notícia Boa

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